º I'm No Lady º

I'M NOT an ballbreaker, bimbo, bitch, bra burner, bull dyke, butch, carmen miranda, china doll, dumb blonde, fag hag, femme fatale, feminazi, geisha, good catholic girl, home girl, lady boss, lipstick lesbian, lolita, mother teresa, nympho, old maid, pinup girl, prude, slut, supermodel, tomboy, trophy wife, vamp, wicked stepmother or yummy yummy... Don't stereotype me!

segunda-feira, maio 30, 2005

º Perguntas difíceis º

A passagem dos anos tem destas coisas. Já me estou a imaginar daqui a uns anos com uma criança a saltitar pela casa, a correr atrás d@s gat@s e a fazer perguntas difíceis. Acho até que é melhor começar a preparar-me para a complicada pergunta: "Mamã, o que é a Função Pública? E o Estado Providência?"
Hmm...pensando melhor , se calhar o mais difícil vai ser mesmo responder à pergunta que se irá seguir à explicação: "Então e como é que isso desapareceu? O que é que aconteceu?"

º Crise, qual crise? º

º Aborto: Petição pela despenalização º

E para quem ainda não perdeu as estribeiras com este assunto aqui fica uma coisa que está online e me chegou ao mail.
"Somos um grupo de cidadãos e cidadãs que, por via de uma petição apelam ao Secretário-Geral do Partido Socialista, ao Presidente e deputados(as) do seu grupo parlamentar para que accionem o processo legislativo conducente à discussão e aprovação, até ao próximo dia 28 de Junho, de uma nova lei de despenalização do aborto (incorporando propostas dos projectos do PCP, BE, PEV), estabelecendo assim como únicas prioridades o fim da perseguição de mulheres e a garantia de condições à realização de uma interrupção voluntária da gravidez em condições de segurança. "
Pode consultar e subscrever a petição online através do seguinte link:
http://www.petitiononline.com/200505ca/petition.html

º Se pensas que pensas, pensas mal. Quem pensa por ti é o capital º

Ontem, @s franceses rejeitaram o Tratado Constitucional Europeu por uma série de razões, e com uma maioria confortável. Segundo @s partidários do sim, de facto, não interessam muito as razões. Sejam lá quais forem, estão erradas: se não pensas como eu acho que tens de pensar, pensas mal, e como pensas mal, aquilo que tu dizes não tem valor algum, e portanto não tem sequer de ser tido em conta.
Furão Tinhoso, aka, José Manuel Barroso (é lixado ter um til no nome: a maior parte dos teclados europeus não está equipada com a tecla respectiva), não perdeu tempo. Não só o não francês põe um "problema muito grave à UE" (e que problema é esse? fazer uma Constituição de forma mais democrática?), como também se pode ignorar esse não e continuar alegremente a ratificação (desde que, pelo menos 20 países o ratifiquem. Exercício: contar em quantos países vai haver referendo) . Ao fim e ao cabo, isto vem de alguém percebe o significado da derrota nas urnas: fugir prá frente, que alguém há-de apanhar os cacos.
Fiquei feliz por saber que o Governo português quer manter o referendo em Portugal, apesar da votação francesa. Uma lição de política tipicamente nacionalista, lá está. Se fossemos realmente europeístas, acatávamos o voto francês e não havia referendo para ninguém. E nada de queixas! É assim que a Europa tem funcionado e é este modus operandi que o tal Tratado Constitucional quer legitimar.
Mas fiquei feliz por saber que o Governo português quer manter o referendo em Portugal. Assim, também nós teremos a oportunidade de sofrer a chantagem demagógica na pele. Felizmente, nós teremos uma inovação face a França: a negociação dos fundos comunitários. Se a malta não vota sim em bloco, perdemos tudo e pronto, é o fim.
Suponho que esta seja uma das razões pelas quais as pessoas se afastam da política: a sensação que, independentemente daquilo que escolherem, irá dar tudo no mesmo. Seja a nível nacional, seja a nível europeu. Se aquilo que @s polític@s profissionais querem é formar Comissões de Sábios (sic) e depois impor essas decisões, força nisso. Não tentem é vender-nos isso como democracia.

sábado, maio 28, 2005

º Terapia(s) de choque º

sexta-feira, maio 27, 2005

º Esquerda caviar º

A grande vantagem de Portugal ter representada na AR a esquerda caviar é que podem surgir propostas de lei só para ric@s. Ric@s, mesmo ric@s. Podres de. Tão, que nem precisam de trabalhar (e portanto não pagam impostos).
Hoje, o BE relançou uma das propostas que mais realça o seu lado caviar: o imposto sobre as grandes fortunas (a aplicar a pessoas que possuem bens cujo valor ultrapassa os 934 mil euros ou cerca de 150 mil contos. Uma ninharia, portanto). Objectivo: justiça social. Pura e dura.
Esta medida permitiria o encaixe de 250 a 350 milhões de euros no orçamento da Segurança Social. Tendo em conta que o tal défice monstro, mesmo assim inferior a qualquer um dos governos de Cavaco Silva, que nos irá papar a tod@s é superior a 9 mil milhões de euros, 350 milhões são trocos.
O que nos vale é que são só uns trocos. Era chato ver o resultado da discussão na AR, quando nos vendem uma crise tão profunda e paralisante, se estivéssemos a falar de dinheiro a sério. Graças a deus, são só trocos.

Adenda de dia seguinte -
Apesar de não ser para já possível ter a honra de ver esta discussão na AR, na próxima quinta-feira será discutido um projecto do BE sobre o levantamento do sigilo bancário. Assinalar na agenda - ter atenção ao comportamento do PS (mais uma vez, versão completa vs. light).

ºO lobo mau já era! O défice é que nos vai papar!º

E pronto, lá tivémos mais do mesmo: aumento de impostos, congelamento de promoções e aumentos de salários, aumento do imposto sobre os combustíveis e o tabaco. Nem vale a pena comentar: a receita é de direita e já vimos que não funciona.
Umas novidades pela positiva: não serão apenas @s funcionári@s da função pública a verem os seus salários na mesma: os administradores de empresas públicas também não terão direito a aumentos (e é esta a diferença entre o PS e o PSD). Temos ainda a questão das subvenções vitalícias de detentores de alguns cargos políticos, que tem de passar o crivo da AR. Estranhamente, esta é uma proposta histórica do PCP que o PS sempre recusou...
E, para compensar estes laivos de socialismo, o aumento da idade de reforma na função pública. Primeiro foi a equiparação das idades de reforma de homens e mulheres no governo PSD/CDS: a antecipação em 5 anos da idade de reforma das mulheres foi uma conquista de Abril. Era uma forma de reconhecer que as mulheres trabalham duplamente, e que o investimento na educação d@s filh@s é um contributo notável para o país. Na altura não se ouviu pio. Era o ensaio geral.
A minha medida preferida é a "nem carne, nem peixe" ("nem tofu, nem seitan", na versão vegetariana): a auditoria regular a ministérios. Teoricamente, o objectivo é disciplinar as despesas nos ministérios. No entanto, isto é a versão light (leve e não iluminada) de uma proposta do BE: a auditoria a todos os serviços do Estado. O objectivo é descobrir exactamente como e onde os recursos humanos e financeiros estão a ser utilizados, onde estão em falta e onde estão a mais. E depois desta avaliação, distribuir os recursos eficazmente, maximizando a qualidade do serviço prestado.
Desvantagens da versão completa: poria a nu as iniquidades da função pública e os privilégios obscenos de uma minoria. Imaginem lá sabermos exactamente quanto é que cada um dos administradores de empresas públicas ganha entre salário, prémios de gestão e privilégios corporativos (pode alargar-se o exercício a qualquer cargo público). E depois poder comparar isso com os cortes efectuados em sectores como a saúde ou a educação.
Hmm, ia ser bonito, ia! Já se percebeu porque é que o PS prefere light...

º Dos nomes que nos dão º

Nas reflexões pós Viseu, esta gaja constatou empiricamente que já não se sente insultada nas ocasiões (cada vez mais raras) em que alguma mente mais presa às trevas se lhe dirige com impropérios* relacionados com as suas escolhas afectivas (sim, é mesmo escolhas neste contexto), como fressureira.
Também se pode objectar que ninguém no seu perfeito juízo pode sentir ofensa relativamente à palavra fressureira. Quer dizer, é tipo costureira, jardineira, cozinheira. Uma profissão. A sério. Verifiquem no dicionário: Fressureira - feminino de fressureiro. Fressureiro- homem que vende fressura.
Mas fascinante mesmo, é pensar naquilo que levou a que fressureira (mulher que vende fressura) se tornasse equivalente a lésbica. Como é que alguém que vende fressura (conjunto das vísceras mais grossas de alguns animais, como pulmões, fígado, coração, etc.) se transforma em lésbica?
*E já agora, sabiam que Impropérios, no plural e grafado com maiúscula, se refere a uma série de cânticos religiosos, que se entoam na Sexta-Feira Santa, durante a cerimónia da adoração da Cruz? A língua tem destas coisas...

quarta-feira, maio 25, 2005

º 75º Feira do Livro º

Feira do Livro de 25 de Maio a 13 de Junho no Parque Eduardo Sétimo
Este ano, a 75ª edição da Feira do Livro de Lisboa, é marcada por uma série de novidades, nomeadamente no que diz respeito à disposição dos pavilhões. No grande auditório, concepção dos arquitectos Marcos Cruz e Marjan Colleti, desenvolver-se-ão muitos dos eventos, que constam do programa cultural: concertos, sessões de leitura, performances teatrais, conferências e lançamentos de livros.
Do programa cultural, fazem ainda parte, a comemoração de uma série de efemérides, entre as quais importa destacar os 200 anos da morte de Bocage, recordados por Rui Zink ou o 400º aniversário da edição de D. Quixote. Uma exposição, em homenagem a Francisco Lyon de Castro, fundador das Publicações Europa-América, também é parte integrante deste evento cultural.Leia mais...
Programação para o dia de hoje dia de abertura:
Dia: 25-05-2005
19:30 Inauguração Oficial da 75ª Feira do Livro de Lisboa
20:00 Auditório Concerto com a Big Band do Hot Club
21:30Abertura ao público do Autocarro Multimédia Juventude
21:30Abertura ao público do Autocarro Bibliociência
21:30ExposiçãoLocal: Divisão de Educação e Sensibilização AmbientalExposição "Oferta Educativa da Divisão de Educação e Sensibilização Ambiental"

domingo, maio 22, 2005

º And now for something completely different º

...@s ric@s que paguem a crise: sugestão de alguma esquerda, e também da esquerda radical (Paulo Portas dixit). Ah! E da Clara Ferreira Alves.
Bom, eu já não sei em que acreditar. Andam a tentar convencer-nos há anos que o Estado Providência está a falir, que a malta tem é de pôr os olhos no modelo de desenvolvimento dos EUA ou dos ferozes países asiáticos. Agora com um défice de 8%, os arautos do costume dizem que é preciso fazer (ainda mais) sacrifícios.
Sei lá, depois de mais um escândalo que parece indicar tráfico de influências ao mais alto nível, depois de dois anos de sacríficios (cujo resultado foi o duplicar do défice público), acho que é altura de motivar o peixe graúdo. Que tal cortar nos salários de quem gere quando o balanço é negativo? Ao fim e ao cabo, se a gestão é premiada pelos bons resultados, também deve ser premiada pelos maus. Ou a conjuntura é só culpa da arraia miúda?

º Não é só em França...º

E mesmo existindo muitos "nãos" diferentes, têm em comum um ponto: não se pode votar algo que não se conhece, ou cujas consequências não podem ser discutidas.
A União Europeia cresceu e consolidou-se ao longo de mais de quarenta anos sem uma Constituição. Por mais importante que seja, e eu acredito que é importantíssimo, haver um corpus legislativo comum, não é legítimo por parte de ninguém exigir a ratificação sem esclarecimento prévio.
Quando se considera o afastamento progressivo d@s cidadã/os da política e se procuram soluções, nunca se considera porventura o factor mais importante: o aprofundamento da democracia, o envolvimento de cada um/a nos processos decisórios que nos afectam é uma forma de trazer as pessoas. Um/a cidadã/o que não se sente ouvid@, não se sente envolvid@ ou responsabilizado. Para quê participar, se o contributo nunca é tido em conta?
Se somos nós que construímos a Europa todos os dias, o mínimo que merecemos é que nos ouçam, e nos levem a sério. Por mais diferentes que as nossas opiniões sejam.

sábado, maio 21, 2005

º Petição pela despenalização do aborto º

Está a decorrer uma petição online apelando ao Primeiro Ministro e ao seu grupo parlamentar que altere a lei do aborto até fim de Julho deste ano. Confesso que acho que vai cair em saco roto, mais uma vez, até por ser assinado via net. Mas vale sempre a pena tentar. Baixar os braços é que não!
http://www.petitiononline.com/200505ca/petition.html

º Novo site das Panteras º

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As Panteras mudaram de casa: encontrem-nas agora em www.panterasrosa.com ou ... elas encontram-vos... Uah ha ha...

quinta-feira, maio 19, 2005

º Clube Safo: Mea Culpa º

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Assumindo as falhas ocorridas na festa de passagem de ano 2004/2005 que prejudicaram quem escolheu esta festa no CCGL para celebrar, o Clube Safo lançou um comunicado expondo as suas considerações e deixa o convite para um remake da festa aberta a tod@s.

terça-feira, maio 17, 2005

º Hmmm... º

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O cartaz deste ano é, sem dúvida, o mais bem conseguido de sempre. Não me vou alongar em considerações estéticas. Sou obviamente parcial nesta avaliação, mas estou muy contente por finalmente o cartaz ser explicitamente dirigido às meninas que se apaixonam, relacionam, quecam, preferem ou se babam por outras meninas. Até que enfim, depois de quase dez anos!
Também sei que o argumento "as fufas gostam de mamas e gajas nuas, especialmente se as fotos forem de qualidade" é um bocado fraco a nível político. Porém, as gajas têm desejo sexual e, pasme-se, gostam de sexo! As fufas não são só amigas. É importante que este mito seja desmontado. A aceitação social das fufas depende da invisibilidade total da sua sexualidade, sendo aliás um dos pontos divergentes entre a discriminação homófoba sofrida por meninas e por meninos.
Daí que a existência de um cartaz que anuncia um evento conotado publicamente com engate e sexo anónimo/fácil, portanto um terreno tradicionalmente masculino, mas com gajas que assumem também essa vertente sexual de forma explícita é um passo contra esta invisibilização. Afinal, o desafio dos papéis tradicionais de género é um acto político, e a reivindicação de sexualidade feminina é, ainda hoje, um acto desafiador!
P.S. Para o pessoal com uma memória de elefante e que vagamente tem em mente um outro cartaz de há uns cinco ou seis anos, também com uma menina: não tem nada a ver! Nadinha, mesmo, principalmente porque nesse ano houve duas versões: a masculina, um jovem em tronco nu; a feminina, uma jovem em fato de treino...

segunda-feira, maio 16, 2005

º Um minuto de silêncio º

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Comemorativo do 17 de Maio, Dia Mundial de Luta Contra a Homofobia e divulgado pela Associação Cultural Janela Indiscreta, fica aqui o cartaz por um minuto de silêncio pelas vítimas da discriminação homofóbica a ocorrer em Paris e Londres. É de lembrar que no mesmo dia será entregue no Parlamento português uma proposta pela instituição deste mesmo dia.

º Concentação contra a homofobia - Foto reportagem º

Como prometido, as gajas do I'm No lady marcaram presença com as Panteras Rosa na concentração de protesto contra a violência homófoba em Viseu. Entre várias sugestões de números que ouvi, e pelo que pude ver, calculo que tenham estado presentes cerca de 250 manifestantes. Ou seja, inédito em Viseu e a merecer um grande aplauso a tod@s @s que não quiseram deixar de estar presentes neste dia de luta. Algumas reações e insultos à mistura não demoveram as pessoas mas deixaram um travo tenso no espaço. "Não temos medo, não nos calamos" foi sem dúvida a melhor resposta depois de qualquer possibilidade de diálogo e pedagogia ter ficado fora de questão. O Público já tem um artigo sobre o tema editado. O DN tem um dossier de artigos publicados aqui e aqui sobre a temática da homofobia. O Correio da Manhã também editou um artigo, um bocado mau, aqui. Seguem-se as fotos:
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Movimento Stop Homofobia
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Panteras Rosa - faixa "Homofobia aos molhos, estado fecha os olhos"
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SOS Racismo marcou presença com activistas na concentração
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Bloco de Esquerda - Núcleo de Viseu
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Amnistia Internacional - pela primeira vez, abertamente, lado a lado na convocação da concentração com as demais associações lgbt
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Clube Safo - esteve presente em representação das mulheres lésbicas viseenses e de todo o país.
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Representantes das associações e movimentos organizadoras, em baixo a faixa da Horus Gay - 1ºª associação lgbt de Viseu
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Manifestantes concentrados no Rossio de Viseu
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Dezenas de pancartas com palavras de ordem encheram o Rossio
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Um activista do movimento lgbt Black Laundry de Israel personalizou e internacionalizou a concentração com a palavra de ordem "basta de agressões" escrita em hebreu.


sábado, maio 14, 2005

º É já amanhã! º

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A concentração de protesto contra a violência homófoba em Viseu é já amanhã, pelas 15 horas no Rossio. É de relembrar que Viseu é uma cidade de poucas agitações e que uma concentração com mais de 100 pessoas será histórica para o sítio que é. Eu estarei lá com as Panteras Rosa e prometo um post sobre o que se passar por lá.
. Esta acção conta já com a mobilização de diversas associações e movimentos:
- Amnistia Internacional; Horus - associação gay, lésbica, bissexual e transsexual de Viseu; SOS Racismo; Associação ILGA-Portugal; Clube Safo; PortugalGay.PT; Associação Não Te Prives; Olho Vivo - associação para a defesa do património, ambiente e direitos humanos; @t. - associação para o estudo e a defesa do direito à identidade de género; Associação Opus Gay; Panteras Rosa - Frente de Combate à Homofobia; APAV - Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, AJP-Acção Justiça e Paz; Secção de Direitos Humanos da Associação Académica de Coimbra; ATTAC-Portugal.

sexta-feira, maio 13, 2005

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quinta-feira, maio 12, 2005

Sem comentários

Citação do padre Domingos de Oliveira, durante a celebração da missa de 7º dia de Vanessa Pereira, a menina de cinco anos, encontrada morta nas águas do rio Douro, com sinais evidentes de maus tratos.

«Matar uma pessoa no seio materno é mais grave do que matar uma pessoa que não se pode defender. Uma menina de cinco anos pode reagir, pode chorar, queixar-se».

O teor das declarações já nem é novidade. Já só se pedia um bocadinho de sensibilidade e, sei lá, isto é só uma sugestão, não dizer este tipo de coisas numa missa em memória de uma criança que foi torturada e que morreu sem assistência após horas de sofrimento.
Mas, fiquemos descansad@s, as crianças que são mortas porque não são desejadas, porque não há condições para as ter e porque não é possível às mulheres interromper uma gravidez nestas situações vão todinhas para o Céu. Isso é que importa...

terça-feira, maio 10, 2005

Why?

segunda-feira, maio 09, 2005

º Condecorações Justas º

Paulo Portas foi recentemenete a Washington para ser condecorado pelas mãos de Donald Rumsfeld (himself, o ministro da defesa de Bush) e claro devemos dizer aqui que ele merecia...Atão não é que o Paulinho (quando ainda era ministro da defesa)comprou duas fragatas de origem norte-americana, querem melhor razão para ser condecorado do que esta??? Há que louvar (que bonito, que religioso) o justo reconhecimento fica sempre bem....

sexta-feira, maio 06, 2005

º Festa da Solidariedade Emigrante º

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Sábado dia 21 de Maio,a partir das 17h00, no espaco da associação Abril em Maio vai ter lugar uma tarde-noite Cabo-verdiana, com jantar, animação, jogos, contos tradicionais, música ao vivo e exposição organizada pela Solidariedade Imigrante.
Menu do Jantar: Pastéis de milho, linguiça, cachupa, grogue, pontche. Preço: 6 EUR. Atenção! É preciso fazer reserva! Apareçam!

Endereco: Abril em Maio, Requeirão dos Anjos, 68, Lisboa (No outro lado da estrada da Igreja dos Anjos, em frente de Centro Desportivo dos Anjos)
Info e inscricoes: Solidariedade Imigrante, Rua da Madalena no.8, 2.andar, Lisboa
Tel.: 218 87 07 13

º Make Joints Not Jails º

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Já toda a gente deve estar farta de ouvir falar do director cinematográfico Ivo Ferreira que ficou detido no Dubai por esse terrível, maquiavélico, completamente psicopático crime de... fumar um charro! (o drama, o horror, a tragédia!)
Por isso, como somos tod@s terroristas, vamos assinar a petição de solidariedade que está a decorrer em http://www.PetitionOnline.com/ivomarqu/petition.html ou ainda em http://www.petitiononline.com/ivo2005/petition.html

º O Fórum Social Mundial: Manual de Uso º

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É já na próxima segunda-feira, 9 de Maio, às 18.30 horas, na Fnac do Chiado, Lisboa a apresentação do livro O Fórum Social Mundial: Manual de Uso de Boaventura de Sousa Santos (Edições Afrontamento). Com o livro como ponto de partida será feito um debate/reflexão sobre o Movimento dos Fóruns Sociais que contará com as participações de:
Boaventura de Sousa Santos; Teresa Cunha; Mamadou Ba; Manuela Tavares; David Ávila; Ana Drago e Ulisses Garrido. Aparece!

quinta-feira, maio 05, 2005

º A Madeira é um Jardim IV º

A reverência da classe política ao tio Alberto João dá vómitos (episódio revisitado sempre que há uma visitinha à Madeira, especialmente se o viajante for do PSD), mas ainda se suporta. Os tiques ditatoriais de A.J.J. e as suas chantagens monetárias tornaram-se banais com os anos.
No entanto, há algo que não pode ser banalizado, nem menosprezado: o acesso à justiça, e o tratamento pelo sistema judicial.
Vem isto a propósito do mais recente exemplo democrático na Madeira: o levantamento da imunidade parlamentar a um deputado do PS.
Se a imunidade de A.J.J. fosse levantada de cada vez que sua eminência ataca e difama alguém, o senhor nunca gozaria de imunidade. Ah, espera! Por alguma razão que me escapa, @s visad@s têm tendência a calar-se.
Se A.J.J. não aceita críticas porque é que não se retira da vida pública? Ao fim destes anos todos, a reverência já se lhe introduziu tanto no sistema que não consegue viver sem ela? Ou não tem vocação para mais nada, além de ser um projecto a ditador insular? Estará A.J.J. a tentar provar que se pode trabalhar até à morrer, mantendo um estilo característico (e ser usado como um exemplo a seguir, acabando com o que resta do estado providência em portugal)?
P.S. A única vantagem da ausência de mulheres na vida política portuguesa é a de não terem de prestar culto público ao A.J.J., daí a inexistência de arrobas ou formas femininas neste texto. Obviamente, se alguém comprovar que tal já sucedeu, farei as devidas alterações.

segunda-feira, maio 02, 2005

º Política para meninos º

No mesmo dia em que torna pública a decisão de não convocar um referendo, Sampaio continua a sua presidência aberta sobre os perigos da estrada. Nas imagens televisivas só há gravatinhas a rodear Sampaio. Nem uma gaja para amostra.
Mas percebe-se. Sampaio,como a maioria dos políticos, gosta da política de e para meninos. As questões das gajas são menosprezadas e remetidas para os comunicados de imprensa e as declarações de intenções. Medidas é que não...Isso ainda desagradava à ICAR, ou ou aos gajos instalados nos interesses públicos.
Sampaio irá ficar conhecido como o PR que em 10 anos tomou uma boa decisão, ainda que tardia (mais vale tarde que nunca?).
Num mundo de meninos, não há lugar para as meninas. Num mundo de meninos, os meninos protegem-se uns aos outros para as meninas não entrarem.
O referendo do aborto é só um exemplo entre muitos:
Quando é que foi feita uma presidência aberta dedicada a qualquer assunto especificamente de gajas?
Quando é que haverá arrojo político suficiente para aplicar uma lei de paridade efectiva (isto é, que em cada três lugares, um seja ocupado por uma gaja; e não 33% de presença feminina nas listas)?
Quando é que haverá efectiva aplicação das leis de violência doméstica e efectivação das medidas de apoio (vulgo casas de abrigo)?
Quando é que foi feita uma campanha de prevenção de DST's dirigida às mulheres, cuja centralidade fosse o prazer e não a saúde reprodutiva?
Quando é que houve um repúdio público do clube dos meninos face a posições insustentáveis como as quotas para homens em medicina (mas para senhoras não, seja em que circunstâncias for); ou de entendimentos legais que desculpam homícidios ou minimizam abusos sexuais porque a vítima é uma mulher?
O feminismo já não é necessário, dizem-nos. Meninas desenganem-se! O feminismo é tão urgente hoje como há 100 anos. Está tudo por fazer.

º A memória é curta º

Ontem , 1º Maio, apanho um bus para ir para o sitio de encontro dos manifestantes. Entra um casal no autocarro e mais uma pessoa. Assisti a este diálogo:
Uma: - Já ninguém vai ao 1º de Maio pela política. Eu vou lá comer umas sardinhas, ver a feira, é só uma vez por ano.
A outra: - Pois é, e o 25 Abril a mesma coisa.
O outro: - Pfff... revoluções (ar de fastio)
Uma: - Revolução, revolução, eu dizia-lhes a revolução que era preciso! (E faz um gesto de bater com a mão enquanto abana a cabeça)
A outra: - E ainda falavam assim do Salazar, agora outro é que era preciso.
Uma: - Pois, na altura dele não havia desemprego, nem falta de casas para ninguém.
O Outro: - Mas agora o que querem é só malandragem, já ninguém quer trabalhar. E esses esrangeiros que andam para aí?
A Outra: Sempre a pedir, a dizer que são cá maltratados, só dão mau aspecto, Meu Deus!
Uma: Não tão contentes, vão-se embora. Vão para a terra deles.
O outro: - Pfff... isto hoje em dia tá cada vez pior.

1º de Maio

É verdade não há reportagem fotográfica do 1º Maio, mas nós estivemos lá! Como no 25 de Abril e custa-me dizer isto cada vez se vê menos pessoas a participarem nestas manifs e a média de idades cada vez vai sendo mais alta (assim há primeira vista eu diria a rondar os 55).
A CGTP e o PC iguais a si mesmos monocórdicos, repetitivos, lentos e controladores. Sempre com os mesmos chavões sem energia anímica. Saldo positivo para o cortejo do bloco com slogans, musicas e animações diferentes do habitual! Havia uma muy sexy Frankenstein com uma tabuleta com o não à constituição europeia e o não à directiva Frankenstein (perdão bolkenstein...)
Sim e é verdade um dos slogans que fez mais furor foi: CGTP HUMIDADE SINDICAL!!!!
Cada vez mais as pessoas não participam em si no momento político do dia na manif preferem as sardinhas assadas, os tremoços e as bejecas tiradas pelos camaradas dos diversos sindicatos nas suas barraquinhas.

º Receita desta gaja contra o síndroma das segundas-feiras º

Jovem,
Sabes ler? Aprecias o humor negro (mais o das leis de Murphy, que o dos anúncios da Sagres)?
Então não percas o Melancómico: de leitura obrigatória às segundas de manhã, atenua os efeitos indesejáveis da perpectivação de mais uma semana de trabalho/estudo/tortura/seca descomunal (riscar o que não se aplica). Um suave e inteligente convite à exploração do rídiculo.

º Igreja fará campanha pelo 'não' ao aborto º

Aconselho vivamente esta entrevista do Arcebispo de Braga ao Diário de Notícias. Interrupção voluntária da gravidez, pílula do dia seguinte, casamentos homossexuais, ordenação de mulheres. A ICAR ao seu melhor nível. Aliás, um nível tão constante, que já nem dá vontade de comentar. Só mesmo lamentar. Ou fazer exercícios intelectualmente diletantes (este é dos bons).
Um pedacito, para abrir o apetite:
DN - A Igreja poderá, nalguma circunstância, considerar uma ou outra excepção na interrupção voluntária da gravidez? Refiro-me, por exemplo, a quando estiver em causa a vida da futura mãe.
AB - Não. A Igreja defenderá sempre a vida dentro de processos naturais.