º I'm No Lady º

I'M NOT an ballbreaker, bimbo, bitch, bra burner, bull dyke, butch, carmen miranda, china doll, dumb blonde, fag hag, femme fatale, feminazi, geisha, good catholic girl, home girl, lady boss, lipstick lesbian, lolita, mother teresa, nympho, old maid, pinup girl, prude, slut, supermodel, tomboy, trophy wife, vamp, wicked stepmother or yummy yummy... Don't stereotype me!

segunda-feira, maio 02, 2005

º Política para meninos º

No mesmo dia em que torna pública a decisão de não convocar um referendo, Sampaio continua a sua presidência aberta sobre os perigos da estrada. Nas imagens televisivas só há gravatinhas a rodear Sampaio. Nem uma gaja para amostra.
Mas percebe-se. Sampaio,como a maioria dos políticos, gosta da política de e para meninos. As questões das gajas são menosprezadas e remetidas para os comunicados de imprensa e as declarações de intenções. Medidas é que não...Isso ainda desagradava à ICAR, ou ou aos gajos instalados nos interesses públicos.
Sampaio irá ficar conhecido como o PR que em 10 anos tomou uma boa decisão, ainda que tardia (mais vale tarde que nunca?).
Num mundo de meninos, não há lugar para as meninas. Num mundo de meninos, os meninos protegem-se uns aos outros para as meninas não entrarem.
O referendo do aborto é só um exemplo entre muitos:
Quando é que foi feita uma presidência aberta dedicada a qualquer assunto especificamente de gajas?
Quando é que haverá arrojo político suficiente para aplicar uma lei de paridade efectiva (isto é, que em cada três lugares, um seja ocupado por uma gaja; e não 33% de presença feminina nas listas)?
Quando é que haverá efectiva aplicação das leis de violência doméstica e efectivação das medidas de apoio (vulgo casas de abrigo)?
Quando é que foi feita uma campanha de prevenção de DST's dirigida às mulheres, cuja centralidade fosse o prazer e não a saúde reprodutiva?
Quando é que houve um repúdio público do clube dos meninos face a posições insustentáveis como as quotas para homens em medicina (mas para senhoras não, seja em que circunstâncias for); ou de entendimentos legais que desculpam homícidios ou minimizam abusos sexuais porque a vítima é uma mulher?
O feminismo já não é necessário, dizem-nos. Meninas desenganem-se! O feminismo é tão urgente hoje como há 100 anos. Está tudo por fazer.