º I'm No Lady º

I'M NOT an ballbreaker, bimbo, bitch, bra burner, bull dyke, butch, carmen miranda, china doll, dumb blonde, fag hag, femme fatale, feminazi, geisha, good catholic girl, home girl, lady boss, lipstick lesbian, lolita, mother teresa, nympho, old maid, pinup girl, prude, slut, supermodel, tomboy, trophy wife, vamp, wicked stepmother or yummy yummy... Don't stereotype me!

sexta-feira, maio 27, 2005

ºO lobo mau já era! O défice é que nos vai papar!º

E pronto, lá tivémos mais do mesmo: aumento de impostos, congelamento de promoções e aumentos de salários, aumento do imposto sobre os combustíveis e o tabaco. Nem vale a pena comentar: a receita é de direita e já vimos que não funciona.
Umas novidades pela positiva: não serão apenas @s funcionári@s da função pública a verem os seus salários na mesma: os administradores de empresas públicas também não terão direito a aumentos (e é esta a diferença entre o PS e o PSD). Temos ainda a questão das subvenções vitalícias de detentores de alguns cargos políticos, que tem de passar o crivo da AR. Estranhamente, esta é uma proposta histórica do PCP que o PS sempre recusou...
E, para compensar estes laivos de socialismo, o aumento da idade de reforma na função pública. Primeiro foi a equiparação das idades de reforma de homens e mulheres no governo PSD/CDS: a antecipação em 5 anos da idade de reforma das mulheres foi uma conquista de Abril. Era uma forma de reconhecer que as mulheres trabalham duplamente, e que o investimento na educação d@s filh@s é um contributo notável para o país. Na altura não se ouviu pio. Era o ensaio geral.
A minha medida preferida é a "nem carne, nem peixe" ("nem tofu, nem seitan", na versão vegetariana): a auditoria regular a ministérios. Teoricamente, o objectivo é disciplinar as despesas nos ministérios. No entanto, isto é a versão light (leve e não iluminada) de uma proposta do BE: a auditoria a todos os serviços do Estado. O objectivo é descobrir exactamente como e onde os recursos humanos e financeiros estão a ser utilizados, onde estão em falta e onde estão a mais. E depois desta avaliação, distribuir os recursos eficazmente, maximizando a qualidade do serviço prestado.
Desvantagens da versão completa: poria a nu as iniquidades da função pública e os privilégios obscenos de uma minoria. Imaginem lá sabermos exactamente quanto é que cada um dos administradores de empresas públicas ganha entre salário, prémios de gestão e privilégios corporativos (pode alargar-se o exercício a qualquer cargo público). E depois poder comparar isso com os cortes efectuados em sectores como a saúde ou a educação.
Hmm, ia ser bonito, ia! Já se percebeu porque é que o PS prefere light...