ºO lobo mau já era! O défice é que nos vai papar!º
E pronto, lá tivémos mais do mesmo: aumento de impostos, congelamento de promoções e aumentos de salários, aumento do imposto sobre os combustíveis e o tabaco. Nem vale a pena comentar: a receita é de direita e já vimos que não funciona.
Umas novidades pela positiva: não serão apenas @s funcionári@s da função pública a verem os seus salários na mesma: os administradores de empresas públicas também não terão direito a aumentos (e é esta a diferença entre o PS e o PSD). Temos ainda a questão das subvenções vitalícias de detentores de alguns cargos políticos, que tem de passar o crivo da AR. Estranhamente, esta é uma proposta histórica do PCP que o PS sempre recusou...
E, para compensar estes laivos de socialismo, o aumento da idade de reforma na função pública. Primeiro foi a equiparação das idades de reforma de homens e mulheres no governo PSD/CDS: a antecipação em 5 anos da idade de reforma das mulheres foi uma conquista de Abril. Era uma forma de reconhecer que as mulheres trabalham duplamente, e que o investimento na educação d@s filh@s é um contributo notável para o país. Na altura não se ouviu pio. Era o ensaio geral.
A minha medida preferida é a "nem carne, nem peixe" ("nem tofu, nem seitan", na versão vegetariana): a auditoria regular a ministérios. Teoricamente, o objectivo é disciplinar as despesas nos ministérios. No entanto, isto é a versão light (leve e não iluminada) de uma proposta do BE: a auditoria a todos os serviços do Estado. O objectivo é descobrir exactamente como e onde os recursos humanos e financeiros estão a ser utilizados, onde estão em falta e onde estão a mais. E depois desta avaliação, distribuir os recursos eficazmente, maximizando a qualidade do serviço prestado.
Desvantagens da versão completa: poria a nu as iniquidades da função pública e os privilégios obscenos de uma minoria. Imaginem lá sabermos exactamente quanto é que cada um dos administradores de empresas públicas ganha entre salário, prémios de gestão e privilégios corporativos (pode alargar-se o exercício a qualquer cargo público). E depois poder comparar isso com os cortes efectuados em sectores como a saúde ou a educação.
Hmm, ia ser bonito, ia! Já se percebeu porque é que o PS prefere light...
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