º I'm No Lady º

I'M NOT an ballbreaker, bimbo, bitch, bra burner, bull dyke, butch, carmen miranda, china doll, dumb blonde, fag hag, femme fatale, feminazi, geisha, good catholic girl, home girl, lady boss, lipstick lesbian, lolita, mother teresa, nympho, old maid, pinup girl, prude, slut, supermodel, tomboy, trophy wife, vamp, wicked stepmother or yummy yummy... Don't stereotype me!

segunda-feira, maio 30, 2005

º Se pensas que pensas, pensas mal. Quem pensa por ti é o capital º

Ontem, @s franceses rejeitaram o Tratado Constitucional Europeu por uma série de razões, e com uma maioria confortável. Segundo @s partidários do sim, de facto, não interessam muito as razões. Sejam lá quais forem, estão erradas: se não pensas como eu acho que tens de pensar, pensas mal, e como pensas mal, aquilo que tu dizes não tem valor algum, e portanto não tem sequer de ser tido em conta.
Furão Tinhoso, aka, José Manuel Barroso (é lixado ter um til no nome: a maior parte dos teclados europeus não está equipada com a tecla respectiva), não perdeu tempo. Não só o não francês põe um "problema muito grave à UE" (e que problema é esse? fazer uma Constituição de forma mais democrática?), como também se pode ignorar esse não e continuar alegremente a ratificação (desde que, pelo menos 20 países o ratifiquem. Exercício: contar em quantos países vai haver referendo) . Ao fim e ao cabo, isto vem de alguém percebe o significado da derrota nas urnas: fugir prá frente, que alguém há-de apanhar os cacos.
Fiquei feliz por saber que o Governo português quer manter o referendo em Portugal, apesar da votação francesa. Uma lição de política tipicamente nacionalista, lá está. Se fossemos realmente europeístas, acatávamos o voto francês e não havia referendo para ninguém. E nada de queixas! É assim que a Europa tem funcionado e é este modus operandi que o tal Tratado Constitucional quer legitimar.
Mas fiquei feliz por saber que o Governo português quer manter o referendo em Portugal. Assim, também nós teremos a oportunidade de sofrer a chantagem demagógica na pele. Felizmente, nós teremos uma inovação face a França: a negociação dos fundos comunitários. Se a malta não vota sim em bloco, perdemos tudo e pronto, é o fim.
Suponho que esta seja uma das razões pelas quais as pessoas se afastam da política: a sensação que, independentemente daquilo que escolherem, irá dar tudo no mesmo. Seja a nível nacional, seja a nível europeu. Se aquilo que @s polític@s profissionais querem é formar Comissões de Sábios (sic) e depois impor essas decisões, força nisso. Não tentem é vender-nos isso como democracia.