º I'm No Lady º

I'M NOT an ballbreaker, bimbo, bitch, bra burner, bull dyke, butch, carmen miranda, china doll, dumb blonde, fag hag, femme fatale, feminazi, geisha, good catholic girl, home girl, lady boss, lipstick lesbian, lolita, mother teresa, nympho, old maid, pinup girl, prude, slut, supermodel, tomboy, trophy wife, vamp, wicked stepmother or yummy yummy... Don't stereotype me!

segunda-feira, junho 27, 2005

º Kiss me, baby º

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As Panteras Rosa - Frente de Combate à Homofobia estão a organizar um beijaço "termómetro da homofobia" a decorrer amanhã.
Mais informações aqui.

º As gajas na Marcha do Orgulho º

As gajas foram à Marcha (sim, para variar). Não esteve o calor dos verões passados, mas o calor humano foi o melhor de sempre. Ao contrário do que sustentam os "orgãos de informação", esta foi a maior Marcha até hoje: enchemos o Rossio a desfilar. Fomos, pela primeira vez, mais de mil. A Marcha conseguiu casar as vertentes política e festiva de uma forma muito especial: o divertimento e o despique no canto das palavras de ordem entre as Panteras e o GRIP, completamente desafinados, mas divertidos, é um exemplo especial. A dança e a diversão no bandeirão, outro.
O desfile começou com quase uma hora de atraso, para dar um toque tradicional português. Falaram-se muitas línguas: inglês, francês, castelhano, alemão, português de cá e do Brasil.
Antes da partida, os madrinhos presentearam a multidão com um pequeno discurso de incentivo militante e revindicação do casamento e da adopção para tod@s, seguido da leitura do Manifesto por representates d@s organizadora(e)s. Apesar do casamento ser o tema principal do Manifesto, as outras reivindicações não foram esquecidas: desde as Panteras Rosa, ao Partido Humanista, passando pelo SOS Racismo, a diversidade imperou também no desejo de mudança.
A abrir iam as comitivas d@s organizadora(e)s, seguidas da animação de um carro de som e do bandeirão. Depois, as restantes associações LGBT, políticas (BE, JS, Marcha Mundial de Mulheres, Movimento Liberal-Social, Partido Humanista, Verdes) e outras (como o SOS Racismo).
Esta gaja folga em constatar que alguns partidos já levam a Marcha a sério. Apesar de ter gostado da presença de todos, e desejar que no futuro apareçam os restantes, devo realçar a presença do BE: foi o único partido representado por um"peso-pesado" (se se pode dizer tal coisa da pequenita Ana Drago).
Também para realçar, é a presença do Sá Fernandes. É motivador sentir que, pelo menos um dos candidatos à Câmara Municipal de Lisboa (CML), se interessa o suficiente para "perder" uma tarde a descer a Avenida da Liberdade com a paneleiragem. Quiçá, pró ano o diálogo com a CML melhora, e temos o Arraial de volta à cidade.
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A faixa de abertura, com representantes
d@s organizadora(e)s
(Clube Safo, Ilga Portugal, Não te Prives, Panteras Rosa), um
par de queens bem-dispostas e os madrinhos da Marcha

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Ilga Portugal & GRIP, a plenos pulmões

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Clube Safo

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Panteras Rosa
(em primeiro plano, o
Miguel)

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Muitos arco-íris

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Elogio ao amor


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Uma homenagem bem merecida! O Ratz esteve nos nossos corações!

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No Rossio. Pró ano há mais!

ºMarcha do Orgulho 2005:a cobertura jornalísticaº

Antes da cobertura da Marcha do Orgulho com as fontes caseiras (leia-se nossas), uma espreitadela naquilo que fizeram os outros.
Esta gaja conseguiu assistir às reportagens da SIC e da TVI. Considerou-as aceitáveis, boas se comparadas com anos anteriores. No entanto, depois de uma noite com demasiados copos no Arraial, e meia dúzia de horas de sono, não reteve o suficiente para uma análise mais pormenorizada.
Já em relação aos jornais, seguem-se umas considerações.

Agência Lusa
/Diário Digital / TSF
A introdução da notícia está boa, com o destaque da faixa dos jovens do BE "Todos os direitos para todos os amores" a servir como resumo das reivindicações.
O pior vem depois. Esqueçam lá os factos: conseguiram errar no nome das associações/ movimentos que organizaram a Marcha, associar pessoas a associações diferentes, inventar associações novas (conhecem o Movimento LGBT?, assim mesmo com maiúscula e tudo), e ainda ser completamente incapazes de perceber que o manifesto da Marcha é conjunto (note-se que foram distribuídos manifestos na Marcha com
este formato, símbolos das associações/ movimentos incluídos).
O melhor é a cobertura diversificada da Lusa / Diário Digital: a nível nacional menciona outras organizações presentes na Marcha (SOS Racismo, Partido Humanista, Movimento Social- Liberal), a nível internacional, percorre as marchas de Paris, Berlim e Atenas (primeira marcha de sempre, com 500 pessoas).
A TSF é, entre @s três, a pior cotada, já que resumiu a cobertura da Lusa /Diário Digital para metade, ficando com o texto pleno de erros, e sem nada positivo para compensar.

Correio da Manhã
Um
artigo de introdução aceitável no sábado, se exceptuarmos a substituição de transgénero por "pessoas que mudaram de sexo". No domingo, foi dedicada uma página à Marcha, ocupada principalmente com as fotos espalhafatosas do costume, e três parágrafos de texto. Apesar das limitações do modelo jornalístico escolhido (sensasionalista), o Correio da Manhã foi o único a acertar no número de pessoas: mais de mil. A destacar também a simplicidade com que transmitiu eficazmente as duas vertentes da Marcha, a política e a festiva.

Diário de Notícias
O DN destaca-se como o mais forreta dos media: falou em 400 pessoas, ainda menos que o número referido pela PSP (500). Destaca-se ainda pela insistência na abordagem dos heterossexuais que estiveram na Marcha. A opção é questionável, obviamente. Mas o resultado final é interessante, já que ter a voz heterossexual a falar de homofobia é uma manifestação visível da alteração da abordagem jornalística às questões LGBT. O jornalista meteu a pata na poça no que se refere à organização da Marcha, roubou no número de participantes, ignorou a presença dos partidos políticos, e demais organizações não LGBT. A perspectivação da homofobia pelo olhar heterossexual foi um exercício interessante, ainda que sub-aproveitado.


Público
Cobertura jornalística aceitável, porque se limitou a relatar uma parte da Marcha. O Público tem a cobertura mais politizada e generalista da Marcha, com um destaque evidente para a divulgação do Manifesto.
Já a Marcha em si foi ignorada: nem um exemplo de uma palavra de ordem, ou de uma faixa ou cartaz, além de não serem mencionadas as participações dos partidos políticos, e demais organizações não LGBT. Aliás, nem sequer uma menção a associações/ movimentos que organizaram ou participaram, à excepção da Ilga Portugal.

Notas aos querid@s jornalistas e polícia sobre contas:
- 500 pessoas não enchem o Rossio.
- O medo de ser reconhecid@ faz com muitas pessoas acompanhem a Marcha na Avenida da Liberdade, especialmente nos amplos passeios, que estiveram cheios de gente. Estas pessoas não acompanham a Marcha do início ao fim, visto que é aí que estão as máquinas fotográficas e as câmaras. Portanto, o número efectivo de participantes na Marcha é substancialmente superior ao das pessoas que partem do Marquês, ou do das que chegam ao Rossio.

sexta-feira, junho 24, 2005

º É já amanhã! º

Image hosted by Photobucket.comimagem do Miguel

Um dia explosivo que mistura política e festa. Um dia sem armários. Um dia que deveria ser todos os dias. Um dia para que todos os dias possam ser assim. Um dia com orgulho. Um dia a não perder.

terça-feira, junho 21, 2005

º A Lei do Desejo º

As Edições Afrontamento e a Autora têm o prazer de te convidar para a apresentação do livro
A Lei do Desejo - Direitos Humanos e Minorias Sexuais em Portugal de Ana Cristina Santos
A sessão terá lugar no dia 24 de Junho, pelas 18.30 horas, no Forum da Fnac Chiado em Lisboa.
A obra será apresentada pelo Prof. Doutor Miguel Vale de Almeida e pela Prof. Doutora Gabriela Moita.

º Comemorações do Dia do Orgulho Lésbico, Gay, Bissexual e Transgénero (LGBT) 2005 º

Inês Pedrosa e Rui Zink anunciam a Marcha do Orgulho LGBT 2005.
Tal como as principais cidades do mundo, Lisboa acolhe anualmente as comemorações do Orgulho LGBT: a Marcha do Orgulho LGBT e o Arraial Pride. Este ano, Inês Pedrosa e Rui Zink associam-se à Marcha, na qualidade de padrinha e madrinho, respectivamente.
Para dar a conhecer estas iniciativas, as associações e colectivos organizadores da Marcha, Associação ILGA Portugal, Clube Safo, Não te prives e Panteras Rosa realizam uma conferência de imprensa, dia 22 de Junho (Quarta-feira), às 11h, no Centro Comunitário Gay e Lésbico de Lisboa - Rua de São Lázaro, 88 (ao Martim Moniz).
Além de responsáveis das associações e colectivos mencionados, estarão presentes Inês Pedrosa e Rui Zink.

º Marcha do Orgulho lgbt e Arraial Pride º

MARCHA LGBT 2005
CUMPRIR A CONSTITUIÇÃO, HOMOFOBIA NÃO!
SÁBADO, 25 DE JUNHO, 17H,
TOPO DA AVENIDA DA LIBERDADE

ARRAIAL PRIDE
DIA 25 DE JUNHO, 20H
MONSANTO – PARQUE DO CALHAU
Mais detalhes em www.portugalpride.org

segunda-feira, junho 20, 2005

Marcha do Orgulho 2005 : 10 razões para não ir

1. Vai estar um calor do caraças: mais vale ficar a trabalhar pró bronze na praia.
2. Aquilo vai estar cheio de fufas mal encaradas e sem sentido de humor. Eu nem curto fufas.
3. Vai estar um calor do caraças: mais vale ficar na praia a tomar banhos de mar.
4. Aquilo vai estar cheio de bichas doidas aos pulos. Eu cá não sou nada bicha doida.
5. Vai estar um calor do caraças. É chato, sua-se muito e dá-se cabo da make-up.
6. Aquilo vai ter travestis a marchar. Eu cá sou muito normal!
7. Eu não marcho por orgulho de uma coisa que não escolhi.
8. Vai estar lá a televisão a filmar os travestis e as bichas doidas. Eu sou muito normal e não apoio cenas de travestis e bichas doidas.
9. Eu cá não percebo essa coisa da visibilidade e reivindicar direitos. A gente já tem todos os direitos e andar aí na rua assim, com travestis e bichas doidas, é tar a pedir problemas e que nos discriminem.
10. Para quê marchar, se me posso divertir à noite no Arraial? Marchar é chato, e ainda por cima, não distribuem preservativos na Marcha, nem dá para dar umas nos arbustos da Avenida da Liberdade...

P.S. A malta já deu as suas razões para ir à Marcha aqui. Agora escolha.

quarta-feira, junho 15, 2005

«Em Portugal, só em 2002, foram denunciados mais de 18 mil crimes de violência doméstica,93% dos quais foram contra mulheres. Apesar disso, a maioria das vítimas continua sem apresentar queixa. Segundo a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, das 18 mil agredidas, apenas seis mil apresentaram queixa, ou seja, 36%. Cerca de 94,6% dos agressores são homens e 75,3% dos crimes são praticados na residência comum.Segundo a Unicef, "no Mundo faltam cerca de 60 milhões de mulheres, que foram abortadas por serem do sexo feminino, assassinadas quando bebés pelo mesmo motivo ou morreram vítimas de maus tratos". O Conselho da Europa indica que "a violência contra as mulheres no espaço doméstico é a maior causa de morte e invalidez entre as mulheres dos 16 aos 44 anos, ultrapassando o cancro, os acidentes de viação e a guerra".» Notícia aqui.
Em Gondomar foi assinado um protocolo para a criação de um centro dedicado à informação e acompanhamento das vítimas de violência doméstica, incluindo a criação de apartamentos de transição.
A lei que regulamenta a criação da rede pública de casas de apoio a mulheres vítimas de violência é de 1999. Seria responsabilidade do Governo assegurar a criação, instalação, funcionamento e manutenção da rede pública de casas de apoio às mulheres vítimas de violência; devendo existir uma em cada distrito.
Realmente, não sei se o Governo tratou de providenciar uma casa de abrigo por distrito entretanto. O que sei é que é raro ouvir falar disto na nossa praça política, que os recursos são escassos, os números não mentem e também não mudam.
Estamos à porta das autárquicas: quantos programas irão mencionar medidas conretas de apoio a vítimas de violência doméstica dentro da própria comunidade? E desses, quantos não passarão do papel?

terça-feira, junho 14, 2005

Frente a frente

Nada podeis contra o amor,
Contra a cor da folhagem,
contra a carícia da espuma,
contra a luz, nada podeis.

Podeis dar-nos a morte,
a mais vil, isso podeis
- e é tão pouco!

Eugénio de Andrade
1923 - 2005

segunda-feira, junho 13, 2005

º Watch out, Pantera's are about! º

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Depois do site, as Panteras Rosa - Frente de Combate à Homofobia, atacam agora a blogosfera com o seu recém nascido blog. A visitar!

domingo, junho 12, 2005

º Futebol Feminino º

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Já lá vai uma semana que começou o Campeonato Europeu de Futebol Feminino. Nesta altura do campeonato, quase se poderia chamar o Campeonato Germânico de Futebol Feminino: as equipas que passaram às meias-finais são Alemanha, Finlândia, Noruega e Suécia (para grande pena minha, a Dinamarca foi batida pela Finlândia).
Surpreendentemente, as notícias nos jornais portugueses sobre este campeonato contam-se pelos dedos de uma mão (e sobram dedos). Nos canais de televisão portugueses, nem uma. Não, não gostaria que houvesse uma intoxicação mediática durante o Campeonato Europeu de Futebol Feminino, como não gosto da que há durante o Campeonato Europeu de Futebol (masculino).
Mas não consigo deixar de me perguntar porque é que, quando são meninas a jogar, há um adjectivo a seguir ao futebol, feminino, mas o mesmo não acontece para os meninos? Ou porque é que é preciso procurar informação sobre este Campeonato Europeu de Futebol Feminino, ao invés de nos entrar em casa continuamente? Ou ainda, porque é que, nesta semana que passou, se continuou a divulgar os boatos do futebol masculino, mas não se informou sobre um Campeonato Europeu feminino? E alguém sabe o nome de alguma jogadora de futebol da selecção nacional portuguesa?
P.S. Os jogos passam na Eurosport, e mais informação pode ser encontrada aqui e aqui.

º Manifesto de apoio à educação sexual e à APF º

O manifesto de apoio à educação sexual já está on line. Para ser subscrito, basta aceder ao seguinte endereço electrónico: http://sapp.telepac.pt/apoiaedusexual/ e seguir as instruções para subscrever, as quais são muito simples. Para quem quiser, o manifesto pode ser também impresso em papel. Nesse caso, o melhor é ser posteriormente enviado à APF.
Toca a subscrever!

sábado, junho 11, 2005

º Contra os transgénicos e outras porcarias º

Vale pena dar um saltinho em http://www.storewars.org/flash/. Activismo na àrea da ecologia e com muito humor.

quarta-feira, junho 08, 2005

º Mês da África na Solidariedade Emigrante º

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Junho é o mês da África no Espaco Intercultural da Solidariedade Imigrante. No Sábado dia 4 de junho abre a exposição de artesanato africano que será acompanhada por um documentário que trata temas ligados a África.
A entrada é livre!
INFO:Associação Solidariedade Imigrante
Rua da Madalena n. 8, 2.andar, Lisboa
Tel./Fax.: 21 887 07 13e-mail: solimigrante@yahoo.com

terça-feira, junho 07, 2005

º Ainda bem que temos quem nos alerte... º

Já tinha ouvido chamar à homo/bi/trans/queer/whatever-sexualidade muita coisa. Desde as designações mais básicas às mais requintadas, das mais retorcidas às mais ignorantes. Mas fico sempre surpresa quando conheço uma nova e regozijo de divertimento (afinal é preciso sabermo-nos rir das coisas menos boas).
Li ontem neste artigo do Correio da Manhã esta verdadeira pérola pela autoria da ratazana papal: [referindo-se à comunidade lgbt e à reivindicação das uniões] "liberdade anárquica que ameaça o futuro das famílias". Confesso, fiquei sentida. Não é que eu sou anarca e nunca ninguém mo tinha dito? Mil agradecimentos a Ratzinger por tamanha amabilidade. Estar-lhe-ei grata o resto da minha vida.
Este senhor adianta também mais alguns ensinamentos sábios: condena o divórcio, os métodos artificiais de controlo do nascimento, os casamentos pelo civil e as uniões de facto. Ó vis heresias!
Ainda bem que temos quem nos alerte...

sábado, junho 04, 2005

º A saga da Educação sexual continua º

Nova educação sexual já para este ano, promete a ministra da educação Maria de Lurdes Rodrigues. Li isto no Dn online, um artigo da Fernanda Câncio. Será que é desta que vamo passar a ter realmente uma disciplina independente e integrada no plano curricular escolar sobre sexualidade?
A ver vamos.

quinta-feira, junho 02, 2005

º O mover do Ser º

Teatro Académico Gil Vicente /14 de junho/ 21h30

O mover do ser surge com a intenção de consciencializar a sociedade civil relativamente a uma dicotomia presente no mundo contemporâneo: o Ser (individualidade) e o mover (sociedade)Tudo o que somos, tudo o que queremos Ser, transforma-se numa produção em série, imposta por uma fábrica que se chama sociedade.O mover do ser é apresentado mecanicamente, escondendo assim, os mais diversos sentidos da vida e o que nos distingue como individualidades.Por isso, tal como refere Vergílio Ferreira na sua obra Aparição, muitas vezes pesa-nos como uma “pata de violência a realidade que somos”.Quantas vezes os nossos gestos, as nossas palavras, não são a “pata de violência” que originam a segregação de certas identidades e determinados desejos de mover.Entretanto apesar desta denúncia social, constrói-se uma alternativa fundada na ideia de igualdade, diversidade e a riqueza que estas contribuem para a humanidade.
Produção: Onigma Semper – Colectivo de Intervenção Social

º Ser do "contra" º

A frase é do Luís Delgado, autor de múltiplas pérolas do editorialismo português, e refere-se ao resultado do referendo sobre o tratado constitucional nos Países Baixos (conhecidos por Holanda, porque no século XVIII, as províncias da Holanda do Norte e da Holanda do Sul eram as mais poderosas economicamente do país). Porém, por uma vez, vou esquecer o contexto e o objectivo da frase, e vou concordar com o Luís Delgado. De facto, a Holanda (sic) é tradicionalmente um país do contra. Ora vejamos:
Enquanto os países ibéricos andavam a expulsar judeus, os Países Baixos acolheram-nos.
Enquanto o mundo no geral se verga a convenções morais sobre a vida, os Países Baixos enquadraram legalmente a prática da eutanásia.
Enquanto as autoridades policiais europeias se encarniçam numa guerra contra as drogas leves, os Países Baixos legalizaram-nas.
Enquanto Portugal mantém uma lei (e uma interpretação da lei) da IVG que desrespeita os direitos mais básicos das mulheres, nos Países Baixos há pessoas que lutam activamente para que qualquer mulher no mundo possa ter o direito de escolher se e quando quer ser mãe.
Enquanto Portugal mantém um modelo de desenvolvimento baseado em salários baixos e uma descoordenação total entre o ensino e o mercado de trabalho, nos Países Baixos aposta-se na ligação do ensino ao mercado de trabalho e na qualificação da mão-de-obra.
A lista poderia continuar. Contudo, já deu para perceber como a Holanda (sic) é do contra. E tendo em conta que o resultado do não foi folgado (61,6%), até já percebemos porquê. Puro capricho.

quarta-feira, junho 01, 2005

º Thanks William Coulson! º

Numa carta aberta aos "pais portugueses", William Coulson alerta-os para os perigos da Educação Sexual, de entre os quais a estimulação ao "sexo precoce".
Outro perigo é do crescimento do número de "lésbicas radicais". Aparentemente, aplicada numa escola de freiras, a Educação Sexual fez metade desistir dos votos e as outras transformarem-se em "lésbicas radicais".
Com licença, que eu agora vou procurar as escolas de freiras nas páginas amarelas. Procuram-se voluntári@s para a evangelização sexual nas escolas de freiras: vamos transformar Portugal num paraíso de "lésbicas radicais"!