º I'm No Lady º

I'M NOT an ballbreaker, bimbo, bitch, bra burner, bull dyke, butch, carmen miranda, china doll, dumb blonde, fag hag, femme fatale, feminazi, geisha, good catholic girl, home girl, lady boss, lipstick lesbian, lolita, mother teresa, nympho, old maid, pinup girl, prude, slut, supermodel, tomboy, trophy wife, vamp, wicked stepmother or yummy yummy... Don't stereotype me!

quarta-feira, junho 15, 2005

«Em Portugal, só em 2002, foram denunciados mais de 18 mil crimes de violência doméstica,93% dos quais foram contra mulheres. Apesar disso, a maioria das vítimas continua sem apresentar queixa. Segundo a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, das 18 mil agredidas, apenas seis mil apresentaram queixa, ou seja, 36%. Cerca de 94,6% dos agressores são homens e 75,3% dos crimes são praticados na residência comum.Segundo a Unicef, "no Mundo faltam cerca de 60 milhões de mulheres, que foram abortadas por serem do sexo feminino, assassinadas quando bebés pelo mesmo motivo ou morreram vítimas de maus tratos". O Conselho da Europa indica que "a violência contra as mulheres no espaço doméstico é a maior causa de morte e invalidez entre as mulheres dos 16 aos 44 anos, ultrapassando o cancro, os acidentes de viação e a guerra".» Notícia aqui.
Em Gondomar foi assinado um protocolo para a criação de um centro dedicado à informação e acompanhamento das vítimas de violência doméstica, incluindo a criação de apartamentos de transição.
A lei que regulamenta a criação da rede pública de casas de apoio a mulheres vítimas de violência é de 1999. Seria responsabilidade do Governo assegurar a criação, instalação, funcionamento e manutenção da rede pública de casas de apoio às mulheres vítimas de violência; devendo existir uma em cada distrito.
Realmente, não sei se o Governo tratou de providenciar uma casa de abrigo por distrito entretanto. O que sei é que é raro ouvir falar disto na nossa praça política, que os recursos são escassos, os números não mentem e também não mudam.
Estamos à porta das autárquicas: quantos programas irão mencionar medidas conretas de apoio a vítimas de violência doméstica dentro da própria comunidade? E desses, quantos não passarão do papel?