º Há coisas que não mudam º

Fotografia: Stephen Meisel
Modelo: Sophie Dahl
Há cinco anos atrás, quando foi lançado, este anúncio motivou 730 queixas junto da Advertising Standards Authority (ASA) em Inglaterra. Foi considerado ofensivo, sexualmente explícito e degradante para as mulheres. Acabou por ser retirado da via pública, por ordem da ASA, sendo um dos anúncios mais contestados de sempre em Inglaterra.
Cinco anos depois, a história repete-se. Desta feita, o anúncio é a um relógio, que mostra uma mulher nua sentada numa cadeira e com a mão esquerda pousada entre as pernas. A ASA considera-o ofensivo por aludir a um acto de masturbação.
Depois de uma pequena pesquisa pela net, cheguei à conclusão que a ASA tem mesmo um historial imenso contra alusões a masturbação feminina em anúncios. Eu sei que convêm manter alguns parâmetros na regulação da publicidade, mas pergunto-me o que chocará tanto nas alusões à masturbação feminina. Quer dizer, uma gaja toda descascada ao pé de um carro, tá bem, pode ser. Uma gaja que poderá estar a proporcionar-se prazer ou não (as imagens são ambíguas) é um escândalo nacional.
Portanto, enquanto a gaja for só um objecto, tá tudo nos eixos. Mas se for implícito que a gaja pode ter prazer sozinha, caí o Carmo e a Trindade? Que diabo, a masturbação feminina, o prazer sexual das gajas ainda são tabus assim tão grandes?
<< Home