º O que tem de ser º
Do Raminhos de Oliveira chegou um repto. Ora eu, gaja orgulhosa dos meus ovários (que nunca falham, para minha infelicidade), não deixo um repto passar sem resposta. Portanto, aqui vai...
1- Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Esta foi díficil...e ainda não consegui decidir. Depois de passar dois dias sem comer, nem dormir, já consegui reduzir a lista para: A Serpente, Stig Dagerman; Flush, uma biografia, Virginia Woolf (bolas, lá se foi o segredo); 1984, George Orwell; Hiroshima, Meu Amor, Marguerite Duras; Rei Édipo, Sófocles...
E independentemente do livro que fosse, saberia sempre a Tabacaria do Pessoa.
2- Já alguma vez ficaste apanhadinh@ por uma personagem de ficção?
2- Já alguma vez ficaste apanhadinh@ por uma personagem de ficção?
Muitaaaas vezes, mesmo. Contudo, como na minha vidinha, das minhas imensas paixões, destacam-se umas quantas. Destaco três:
A Sylvia (Duas mulheres, Harry Muslich) porque apenas existe através do olhar alheio, e como qualquer um dos olhares que a descrevem é sempre parcial, o que subsiste no final é o mistério. Porque se escapa como areia entre os dedos e não é possível defini-la.
Pel@ Orlando (Orlando, Virginia Woolf) não nutro bem uma paixão. É mais uma inveja apaixonada, já que estou confinada a uma época específica, a um corpo específico e, por menos que goste a identidades específicas. Porque a reinvenção é uma necessidade.
A Flória (A vida é breve, Jostein Gaarder) pois a sua voz simples opõe-se à filosofia augustiniana, pilar da ICAR. Porque a memória guarda os momentos simples, símbolos de felicidade.
A Flória (A vida é breve, Jostein Gaarder) pois a sua voz simples opõe-se à filosofia augustiniana, pilar da ICAR. Porque a memória guarda os momentos simples, símbolos de felicidade.
3- O último livro que compraste?
The curious incident of the dog in the night-time (Mark Haddon), a história de Christopher Boone, um jovem de 15 anos com síndrome de Asperger, empenhado em descobrir quem matou o Wellington (o cão da vizinha). O único com menos de 500 páginas, dos quinze que encontrei na Fnac (dos vinte indicados pela professora de Inglês)...
The curious incident of the dog in the night-time (Mark Haddon), a história de Christopher Boone, um jovem de 15 anos com síndrome de Asperger, empenhado em descobrir quem matou o Wellington (o cão da vizinha). O único com menos de 500 páginas, dos quinze que encontrei na Fnac (dos vinte indicados pela professora de Inglês)...
4- O último livro que leste?
Um périplo pelos não-ditos da sexualidade no início do século XX, Alexis, Marguerite Yourcenar.Se as releituras também contarem, Uma história de amor como outra qualquer, Lucía Etxebarría, quinze mergulhos em vidas de mulheres tão ficcionadas que parecem reais (ou será ao contrário?).
Um périplo pelos não-ditos da sexualidade no início do século XX, Alexis, Marguerite Yourcenar.Se as releituras também contarem, Uma história de amor como outra qualquer, Lucía Etxebarría, quinze mergulhos em vidas de mulheres tão ficcionadas que parecem reais (ou será ao contrário?).
5- Que livros estás a ler?
Para a escolinha, o já referido The curious incident of the dog in the night-time, um policial desconcertante e pleno de carinho.Por puro prazer, Pela Água, Sylvia Plath. Talvez porque a senhora se tenha suicidado, a beleza ao virar de cada página parece muy dura, quase uma acusação.Para ficar mais inteligente (pois, pois...), Queer Theory: An Introduction, Annemarie Jagosse: um percurso pela teoria e luta lgbt e feminista, a provar que a teoria queer não é exactamente uma ruptura com o passado, antes uma continuação.
6-Seis livros que levarias para uma ilha deserta?
Hmm, daria primazia a calhamaços, neste caso Obras Completas de Fernando Pessoa (para continuar a apaixonar-me pelo português, e manter o fascínio que sinto por este senhor), Virginia Woolf (para continuar a apaixonar-me pela sua escrita), Lucía Etxebarría (para manter a memória de parte do mundo, e de alguns dos fenómenos que me tiram do sério), Shakespeare (para perceber porque é que é o pai...). Por fim, para sobreviver numa ilha deserta, um livrinho com técnicas de sobrevivência (caça, pesca, essas coisas) e um outro da colecção Cozinha saudável com quase nada.
7 – Três pessoas a quem vais passar este testemunho e porquê?
Além da natural curiosidade, irei passar a bola às pessoas que se seguem, porque:
Zoe, a gente se conheceu há bué da anos numa casa de livros;
CysneNegro, entre tantas outras coisas que faz, também escreve poesia;
Paulo, isto são os preliminares para o Bairro Alto ;)
Para a escolinha, o já referido The curious incident of the dog in the night-time, um policial desconcertante e pleno de carinho.Por puro prazer, Pela Água, Sylvia Plath. Talvez porque a senhora se tenha suicidado, a beleza ao virar de cada página parece muy dura, quase uma acusação.Para ficar mais inteligente (pois, pois...), Queer Theory: An Introduction, Annemarie Jagosse: um percurso pela teoria e luta lgbt e feminista, a provar que a teoria queer não é exactamente uma ruptura com o passado, antes uma continuação.
6-Seis livros que levarias para uma ilha deserta?
Hmm, daria primazia a calhamaços, neste caso Obras Completas de Fernando Pessoa (para continuar a apaixonar-me pelo português, e manter o fascínio que sinto por este senhor), Virginia Woolf (para continuar a apaixonar-me pela sua escrita), Lucía Etxebarría (para manter a memória de parte do mundo, e de alguns dos fenómenos que me tiram do sério), Shakespeare (para perceber porque é que é o pai...). Por fim, para sobreviver numa ilha deserta, um livrinho com técnicas de sobrevivência (caça, pesca, essas coisas) e um outro da colecção Cozinha saudável com quase nada.
7 – Três pessoas a quem vais passar este testemunho e porquê?
Além da natural curiosidade, irei passar a bola às pessoas que se seguem, porque:
Zoe, a gente se conheceu há bué da anos numa casa de livros;
CysneNegro, entre tantas outras coisas que faz, também escreve poesia;
Paulo, isto são os preliminares para o Bairro Alto ;)
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